Ao contrário da agricultura, indústria e comércio,o setor encerrou 2017 com queda de 3,0%, segundo estimativa da CNC. Para 2018, entidade projeta estabilidade (+0,2%). Segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) divulgada hoje (12/01) pelo IBGE, o volume de receitas do setor de serviços cresceu 1,0% na comparação entre os meses de outubro e novembro do ano passado, já descontados os efeitos sazonais. Com esse resultado, o setor interrompeu uma sequência de quatro variações mensais negativas registrando,portanto, seu melhor desempenho desde o último mês de junho.
A alta mensal se deveu, principalmente, aos desempenhos positivos dos segmentos de serviços audiovisuais, edição e agências de notícias (+6,5%),transporte aéreo (+2,2%) e do transporte terrestre (+1,8%). Por outro lado, as atividades de transporte aquaviário (-2,7%) e serviços pessoais e de lazer prestados às famílias (-1,8%) destacaram-se negativamente no mês.
Pelo menos no curto prazo, essa reação do setor pode ser atribuída à estabilidade dos preços envolvidos na pesquisa, que se contrapôs às altas verificadas em setembro (+0,8%) e outubro (+0,6%), na PMS. De acordo com o IPCA), ao longo de todo o ano de 2017, os serviços registraram variações de preços acima da inflação oficial (+4,5% contra +2,95%, respectivamente).
Apesar do avanço real da receita no mês, o setor amargou sua 32ª queda consecutiva em relação ao mesmo período do ano anterior (-0,7%), denotando a
dificuldade das atividades de serviços em reagir desde o fim da recessão.
Assim, as perdas apuradas pelo setor seguem explicitando a carência de investimentos na economia através das variações de -10,0% nos serviços técnico-profissionais como engenharia e arquitetura,além de recuos nas atividades de serviços administrativos e complementares (-4,3%) e no transporte aéreo (-25,1%).
Regionalmente, as perdas têm se concentrado nos Estados do Norte do país, a saber: Rondônia (-12,2%), Roraima (–12,8%) e Amapá (-14,6%). Apenas no Mato Grosso (+13,5%) e no Paraná (+4,8%)há registros de recuperação no setor de serviços.
Ao contrário dos níveis de produção agrícola (+29,5%), da indústria (+2,3%) e do comércio (+3,7%) que, de janeiro a novembro registraram avanços, o setor terciário apurou queda de 3,2% no mesmo período. Independentemente do resultado de dezembro, ainda a ser divulgado pelo IBGE, em 2017 o volume de receita do setor de serviços registrou a terceira queda anual seguida.
Apesar da expectativa manter expectativa em relação à tendência de queda nas taxas de juros na ponta, para dar início ao seu processo de recuperação do nível de atividade, o setor de serviços ainda carece da volta dos investimentos ao longo de 2018, bem como da recuperação mais consistente do mercado de trabalho. A Confederação Nacional de Bens Serviços e Turismo (CNC) projeta queda de -3,0% no volume de receitas em 2017 e estabilidade (+0,2%) para o ano de 2018.
FONTE: DIVISÃO ECONÔMICA CNC
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